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Mali e Guiné Equatorial denunciam França por práticas neocolonialistas na África

Junto com o vice-presidente da Guiné Equatorial, o embaixador do Mali acusou o país europeu de "comportamento imperialista".
Mali e Guiné Equatorial denunciam França por práticas neocolonialistas na ÁfricaLegion-media.ru / Peter Foley

O embaixador do Mali na Guiné Equatorial, Fidel Diarra, denunciou a "atividade destrutiva" francesa na África, indo de encontro às declarações do vice-presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Nguema Obiang Mangue, informou recentemente a agência Iniciativa Africana.

Diarra revelou que a República do Mali enviou, há dois anos, provas concretas da "atividade desestabilizadora da França no Mali e nos países do Sahel" ao Conselho de Segurança da ONU, mas não obteve qualquer resposta do órgão.

"Na sua política subversiva, a França conta com o apoio de patrocinadores regionais e externos, mas os povos africanos já não estão mais dispostos a tolerar este comportamento neocolonialista e imperialista. A Guiné Equatorial e a Aliança dos Estados do Sahel (AES) estão unidos pelos laços da solidariedade pan-africana", declarou.

Em 21 de outubro, Teodoro Nguema Obiang Mangue acusou a França de seguir uma política de pressão sistemática e desestabilização nos países africanos. 

"Observamos com indignação como a França condecora instigadores do ódio, incitando-os a perturbar a paz e a agir contra suas próprias culturas e irmãos, como ocorreu na semana passada com um traidor da Guiné Equatorial", denunciou.

As declarações de Obiang se referem ao ativista da oposição, Alfredo Okenve, que recebeu o Prêmio Franco-Alemão dos Direitos Humanos.