Trump afirma ter 'permissão legal' para atacar 'narcolanchas' em águas internacionais

Presidente dos EUA diz que ofensivas visam conter entrada de drogas e promete endurecer operações por terra.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alegou nesta quarta-feira (22) que seu governo tem autorização para atacar embarcações suspeitas de transportar drogas em águas internacionais. Segundo ele, as ações são justificadas por razões de "segurança naciona" e contam com respaldo legal.

"Temos uma questão de segurança nacional, de verdade. Devo dizer isto: quando vemos as pessoas com as quais lidamos, e as conhecemos, conhecemos os barcos, sabemos de tudo, temos permissão para agir. É em águas internacionais. Se não fizermos isso, vamos perder centenas de milhares de pessoas", afirmou Trump durante entrevista na Casa Branca.

Ele ainda justificou suas ações alegando que o tráfico de drogas teria causado 300 mil mortes no país no último ano, o que lhe daria "autoridade legal" para suas operações.

O presidente comentou ainda que os traficantes agora buscam rotas terrestres, já que, segundo ele, "as drogas não vêm mais por mar". Trump ironizou que é fácil identificar as embarcações usadas no tráfico porque "é bastante incomum ver alguém com uma vara de pescar e cinco motores na parte de trás do barco. Não é preciso tudo isso para pescar".

Trump adiantou que pretende notificar o Congressoantes de autorizar operações em território estrangeiro, embora tenha dito que não é obrigado a fazê-lo.

"Provavelmente voltaremos ao Congresso e explicaremos exatamente o que faremos quando chegarmos por terra. Não precisamos fazer isso, mas acho que gostaria de fazê-lo", declarou. O republicano completou dizendo que "algo muito sério vai acontecer, equivalente ao que está ocorrendo no mar".

"Parem de enviar drogas aos EUA"

O secretário de Estado, Marco Rubio, apoiou as declarações do presidente. "Se as pessoas querem parar de ver barcos de traficantes explodindo, que parem de enviar drogas aos Estados Unidos", afirmou. Ele acrescentou que "há pessoas que viajam por águas internacionais em direção aos Estados Unidos com a intenção de causar hostilidades, o que inclui inundar nosso país com drogas perigosas e mortais. E elas serão detidas".