
União Europeia aprova novo pacote de sanções contra Rússia

A União Europeia chegou a um acordo nesta quarta-feira (22) para aprovar um novo pacote de sanções contra a Rússia, que inclui medidas para reduzir ainda mais as importações de gás e petróleo do país. A informação foi comunicada por Lars Aagaard, ministro do Clima, Energia e Serviços Públicos da Dinamarca, país que atualmente preside o Conselho Europeu.
O texto final foi aceito entre os Estados-membros e deve ser formalmente aprovado na quinta-feira (23), após a remoção do veto da Eslováquia, informou a Reuters.

Fontes ouvidas pela agência afirmaram que quatro empresas do setor petrolífero da China serão incluídas na lista por supostamente ajudar Moscou a contornar restrições ocidentais. Também há possibilidade de companhias indianas serem afetadas, conforme proposta apresentada em setembro pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
O pacote, o 19º desde o início do conflito na Ucrânia, prevê ainda a proibição das importações de gás natural liquefeito (GNL) russo para os mercados do bloco, além de colocar 118 navios da suposta "frota-fantasma" da Rússia sob sanções.
As principais empresas de energia do país, Rosneft e Gazpromneft, serão alvo de embargo total de transações.
Bruxelas justifica as novas medidas como forma de "aumentar a pressão econômica" sobre Moscou e seus parceiros comerciais.
- Moscou já apontou que a Rússia "não é afetada por sanções": "Os últimos três anos demonstraram isso claramente com os 18 pacotes [de sanções] anteriores. Bem, não cabe a nós, mas a outros, julgar o quão eficazes eles foram", destacou o porta-voz.
- O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também enfatizou que os danos que sanções anteriores causaram à própria economia da União Europeia não podem ser ignorados, pois o bloco "persiste neste caminho destrutivo".
