O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (22) novas sanções contra as companhias russas Rosneft e Lukoil, além de suas subsidiárias. Segundo o Departamento do Tesouro, a decisão foi tomada em resposta à "falta de compromisso sério" do governo russo com um "processo de paz para pôr fim" ao conflito na Ucrânia.
De acordo com o Tesouro norte-americano, as medidas buscam pressionar o setor energético russo e limitar fontes de financiamento ligadas às operações militares no conflito ucraniano.
Segundo comunicado oficial, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros também impôs restrições a dezenas de subsidiárias dessas empresas, nas quais há participação acionária direta ou indireta de 50% ou mais.
Anteriormente, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que as novas sanções representam um endurecimento significativo das medidas contra a Rússia. "Elas serão algumas das maiores sanções que já impusemos à Federação Russa", disse à Fox News.
Bessent justificou a decisão citando a falta de progresso nas negociações para encerrar o conflito. "Acho que o presidente [Donald Trump] está decepcionado com a situação em que estamos nessas negociações", afirmou.
Moscou tem reagido com críticas às medidas ocidentais. O vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, declarou em julho que as ameaças de novas sanções se tornaram "comuns" e "não mudarão fundamentalmente a situação".
"Esperamos que elas não durem muito"
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou como "tremendas" as sanções aplicadas nesta quarta-feira às gigantes russas do setor petrolífero, Rosneft e Lukoil, mas afirmou esperar que "não permaneçam por muito tempo".
Trump reconheceu não saber se as novas sanções terão impacto na postura de Moscou diante do conflito na Ucrânia.
As medidas, que atingem também diversas subsidiárias e empresas associadas, foram adotadas após meses de pressão de parlamentares dos dois principais partidos para que o governo republicano endurecesse as ações contra o setor petrolífero russo.