Lula questiona taxa Selic sob Galípolo no BC e alega que inflação e juros baixos impulsonam o crescimento

O presidente afirmou que a taxa atual é um problema e destacou a importância de reconhecer que a combinação de inflação baixa e juros baixos favorece o crescimento do país.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar, durante o Programa Reforma Casa Brasil, na segunda-feira (20), a decisão do Banco Central (BC) de manter a taxa Selic em 15% ao ano. Anteriormente, em entrevista à TV Liberal, do Pará, na sexta-feira (3), ele já havia manifestado insatisfação sobre o patamar atual.

O presidente afirmou que a taxa atual é um problema e destacou a importância de reconhecer que a combinação de inflação baixa e juros baixos favorece o crescimento do país.

Os diretores indicados por Lula para o Copom formam a maioria do colegiado e, portanto, são responsáveis diretos pela taxa de juros.

O Copom justificou a manutenção da Selic, em setembro, citando instabilidades externas e a inflação ainda acima da meta, afirmando que, nas condições atuais, o cenário continua inflacionário e os juros ajudam a controlá-la.

Lula adotou tom mais moderado nas críticas, em comparação ao período em que Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), liderava o BC. O atual presidente, Gabriel Galípolo, foi indicado por ele e já havia trabalhado no governo petista.

"Vai precisar começar a baixar [a taxa] (...) Quero que os banqueiros ganhem dinheiro, mas não precisa extorquir o povo", disse Lula.

"Todo mundo sabe o que nós herdamos e todo mundo sabe que nós estamos preparando esse País para ter uma política monetária mais séria", completou.