A polícia nigeriana deteve várias pessoas, incluindo jornalistas e advogados, durante protestos que exigiam a libertação do líder separatista Nnamdi Kanu na capital Abuja, segundo grupos de defesa dos direitos humanos.
Na segunda-feira (20), os protestos tornaram-se violentos após as forças de segurança usarem gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar a multidão, de acordo com relatos de meios de comunicação social.
"Manifestantes, advogados e jornalistas foram sujeitos a brutalidade, incluindo detenções, espancamentos, confisco de câmeras e uso perigoso e imprudente de gás lacrimogêneo", escreveu o escritório local da Amnistia Internacional no X.
A organização acusou as autoridades nigerianas de não "respeitarem e defenderem o direito à liberdade de reunião".
- Nnamdi Kanu, líder do Povo Indígena do Biafra (IPOB), organização que luta pela independência da região sudeste da Nigéria, dominada pela etnia Igbo, está preso desde 2021, acusado de terrorismo e traição.
- A Nigéria proibiu o IPOB, classificando a organização como terrorista, acusando-a de campanhas violentas.
- Biafra existiu como nação independente entre 1967 e 1970, mas perdeu o status após uma guerra civil de três anos contra o exército nigeriano. O IPOB denuncia a marginalização e opressão pelo governo federal.