Tensões aumentam na Nigéria após prisões em massa durante protestos em favor de líder separatista

A polícia nigeriana deteve várias pessoas, incluindo jornalistas e advogados, durante protestos que exigiam a libertação do líder separatista Nnamdi Kanu na capital Abuja, segundo grupos de defesa dos direitos humanos.
I just learned that illegal IGP Kayode Egbetokun has sent Nnamdi Kanu’s brother and lawyer, Aloy Ejimakor, and 11 others all the way to Kuje Magistrate Court to get them remanded in prison at all costs. #FreeNnamdiKanuNowpic.twitter.com/j4bVXyPyd0
— Omoyele Sowore (@YeleSowore) October 21, 2025
Na segunda-feira (20), os protestos tornaram-se violentos após as forças de segurança usarem gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar a multidão, de acordo com relatos de meios de comunicação social.
"Manifestantes, advogados e jornalistas foram sujeitos a brutalidade, incluindo detenções, espancamentos, confisco de câmeras e uso perigoso e imprudente de gás lacrimogêneo", escreveu o escritório local da Amnistia Internacional no X.
A organização acusou as autoridades nigerianas de não "respeitarem e defenderem o direito à liberdade de reunião".
- Nnamdi Kanu, líder do Povo Indígena do Biafra (IPOB), organização que luta pela independência da região sudeste da Nigéria, dominada pela etnia Igbo, está preso desde 2021, acusado de terrorismo e traição.
- A Nigéria proibiu o IPOB, classificando a organização como terrorista, acusando-a de campanhas violentas.
- Biafra existiu como nação independente entre 1967 e 1970, mas perdeu o status após uma guerra civil de três anos contra o exército nigeriano. O IPOB denuncia a marginalização e opressão pelo governo federal.
