Irlanda é tomada por protestos após denúncia de estupro de menina por imigrante

Centenas de pessoas se reuniram na cidade de Saggart, na Irlanda, depois que um solicitante de asilo foi acusado de estuprar uma menina de 10 anos, segundo veículos locais.

Os manifestantes se concentraram em frente ao antigo Hotel Citywest, que hoje funciona como alojamento para solicitantes de proteção internacional, onde a agressão teria ocorrido.

Durante os protestos, houve lançamento de fogos de artifício, incêndio de pelo menos uma van da polícia e ataques com garrafas de vidro.

As forças de segurança precisaram usar reforços e um canhão de água para conter a situação. Em vídeos, é possível ouvir pessoas gritando: "Tirem eles daqui!".

A menina estava sob os cuidados voluntários da Agência de Crianças e Famílias da Irlanda (Tusla) desde fevereiro, por problemas de comportamento, mas havia fugido durante um passeio supervisionado.

Posteriormente manteve contato telefônico com os funcionários, foi a uma casa de parentes e, depois, informou que havia sido vítima da agressão.

Em seguida, o pessoal da Tusla determinou sua localização e acionou as autoridades, que conseguiram localizá-la.

Na terça-feira (21), um homem de 26 anos compareceu a um tribunal acusado de agressão sexual. Embora sua identidade não tenha sido revelada, foi designado um intérprete de árabe.

De acordo com o The Irish Times, o homem é natural de um país africano e chegou à Irlanda há cerca de seis anos em busca de asilo.

Ele teve a solicitação de asilo rejeitada em 2024, e no início de 2025 foi emitida uma ordem de deportação, ainda vigente. No entanto, continuou residindo no país, em local indefinido.

Segundo a polícia, seis pessoas foram presas durante os protestos. Um policial precisou de atendimento médico por uma lesão no pé. Um helicóptero da polícia foi atacado com laser, e os agentes precisaram usar gás de pimenta contra manifestantes que avançaram sobre eles.