Roubo no Louvre: joias avaliadas em 88 milhões de euros não tinham seguro

Autoridades dizem que valor histórico das peças é incalculável; objetos pertenciam à coleção de Napoleão III.

As joias roubadas do Museu do Louvre estão avaliadas em cerca de 88 milhões de euros (R$ 550 milhões), anunciou a promotora de Paris, Laure Beccuau, nesta terça-feira (21), citada pela imprensa francesa.

Enquanto isso, o governo francês confirmou ao Financial Times que as peças não possuíam seguro e que o Estado não receberá reembolso pelas perdas.

Segundo o Ministério da Cultura da França, o Estado atua como seu próprio segurador quando as obras estão em seus locais habituais de conservação, devido ao custo elevado das apólices e à baixa taxa de sinistros. A promotora parisiense apontou que o valor histórico das peças é "incalculável".

O roubo ocorreu no último domingo (19), em plena luz do dia. Criminosos disfarçados de funcionários utilizaram guindastes e motosserras para acessar a Galeria Apollo, onde ficavam guardadas as joias da coleção de Napoleão III. O grupo levou oito peças com pedras preciosas, incluindo coroas, colares e um broche com mais de 2.600 diamantes.

Entre os itens roubados, estão o colar e os brincos da imperatriz Maria Luisa, com 32 esmeraldas e mais de mil diamantes, além de uma coroa e um broche da imperatriz Eugênia. A coroa foi recuperada horas depois, danificada, em uma rua de Paris.

Especialistas afirmam que, para museus do porte do Louvre, é "quase impossível" assegurar toda a coleção. O acervo inclui obras como a "Mona Lisa", de Leonardo da Vinci, e a "Grande Esfinge de Tânis". A polícia francesa investiga o caso e teme que as joias sejam desmontadas para que as pedras sejam vendidas separadamente no mercado ilegal.