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Coreia do Sul cancela acordo de zona segura com a Coreia do Norte
De acordo com autoridades sul-coreanas, os militares norte-coreanos têm realizado exercícios de disparo de artilharia contra alvos marítimos suspeitos desde 5 de janeiro.
O porta-voz do Comitê de Chefes de Estado-Maior das Forças Armadas da Coreia do Sul, Lee Sung-jun, anunciou nesta segunda-feira que não existe mais uma zona neutra ou "tampão", na qual exercícios de artilharia são proibidos entre os dois lados da península, sob o acordo militar intercoreano assinado em 19 de setembro de 2018.
"A Coreia do Norte conduziu disparos de artilharia no Mar Amarelo durante três dias. Como resultado, as zonas tampão que proíbem atos hostis não existem mais", disse Sung-jun, em uma coletiva de imprensa, citado por Yonhap.
Lee Sung-jun acrescentou que, desde que o tratado foi assinado, e nos últimos seis anos, a Coreia do Sul registrou mais de 3.600 violações do acordo pela Coreia do Norte.
Nos termos do pacto de 2018, Seul e Pyongyang concordaram em suspender ações hostis e os exercícios de grande escala no mar perto da Linha Limite Norte (NLL) e da área fronteiriça num raio de 5 quilómetros de cada lado da linha de demarcação militar para evitar confrontos acidentais, segundo a mídia.
De acordo com autoridades sul-coreanas, os militares norte-coreanos têm realizado exercícios de disparo de artilharia contra alvos marítimos suspeitos desde 5 de janeiro, com projéteis explodindo na zona neutra, o que é proibido pelo acordo. Em 5 de janeiro, as Forças Armadas da Coreia do Sul responderam realizando exercícios de artilharia contra alvos navais na zona de amortecimento.
Em novembro passado, o Ministério da Defesa da Coreia do Norte anunciou uma retirada imediata e completa do acordo militar, enquanto Seul notificou sua decisão de deixar de cumprir parte de suas disposições.