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Soldada russa passa 12 horas trabalhando sob ataque de drones a -28°C

A militar, conhecida pelo codinome "Pchola", manteve linhas de comunicação entre tropas durante a ofensiva em Lugansk e recebeu a Medalha Zhukov por bravura em combate.
Soldada russa passa 12 horas trabalhando sob ataque de drones a -28°CSputnik

Uma jovem russa, especialista em comunicações militares, passou 12 horas sob ataque de drones inimigos enquanto estabelecia uma conexão entre dois grupos de tropas, segundo reportagem da agência RIA Novosti publicada na segunda-feira (20).

A jovem, identificada pelo codinome "Pchola" ("Abelha", em português), contou que chegou ao front para trabalhar como cozinheira, mas "queria mesmo ser útil" e começou a aprender com o único especialista experiente em comunicação.

Experiência no campo

Ela teve a primeira experiência sem supervisão no inverno, quando precisou restaurar linhas de comunicação rompidas durante a libertação da República Popular de Lugansk.

"A temperatura na rua era de -28°C, o tempo estava bom, o que é ótimo para o [drone] Mavic e para os drones FPV, mas não era tão bom para nós", lembrou a militar.

"Como eu era a única mulher na equipe de comunicação e linha, não queria decepcionar nem os comandantes nem meu instrutor. Não queria mostrar que era pior do que os meninos, mas que eu também sou capaz", afirmou.

Ela relatou que, enquanto trabalhava, um grupo de soldados com armas antidrone deu cobertura. "Foi bastante assustador. Chegamos às 8h e saímos às 20h", disse.

Por sua atuação, Pchola recebeu a Medalha Zhukov, condecoração estatal russa concedida a militares por bravura e coragem em combate. A condecoração foi criada em homenagem ao grande marechal da União Soviética, Georgy Zhukov.