Apesar das trocas de advertências, há sinais claros de que o presidente dos EUA, Donald Trump, quer um acordo com a China.
Segundo o Financial Times, Trump classificou como "insustentáveis" os impostos extras de 100% que ameaçou impor à China e afirmou ter "boa relação" com Xi Jinping, confiando em fechar um acordo comercial "justo" na próxima reunião.
O jornal observa que o desejo dos EUA de fechar um acordo reflete a crescente percepção de que, se os dois países começarem a trocar golpes comerciais, a China tem mais chances de deixar seu rival "fora de combate".
No início da disputa, Trump acreditava que os EUA tinham vantagem por comprar mais produtos da China do que o contrário. Mas substituir todos esses bens é difícil, e a China continua sendo fornecedora-chave de certos produtos estratégicos.
O exemplo mais evidente são os minerais de terras raras e outros elementos essenciais para a produção da indústria militar, como os caças F-35. Pequim já ameaçou restringir as exportações para os EUA a partir de dezembro, o que poderia paralisar várias linhas de produção americanas.
Além disso, quase 700 medicamentos vendidos nos EUA, incluindo antibióticos e remédios para problemas cardíacos, câncer e alergias, dependem de componentes fabricados exclusivamente na China.
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