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Rússia conclui investigação e acusa suspeitos de planejar ataque contra diretora da RT a mando de Kiev

Segundo o Comitê Investigativo da Rússia, o regime de Kiev ofereceu US$ 50.000 a integrantes de um grupo neonazista para que assassinassem Margarita Simonyan.
Rússia conclui investigação e acusa suspeitos de planejar ataque contra diretora da RT a mando de KievSputnik / RIA Novosti

O Comitê Investigativo da Federação da Rússia concluiu nesta segunda-feira (20) a investigação do caso de dois membros de um grupo neonazista acusados de planejar o assassinato da editora-chefe da RT, Margarita Simonyan. As conclusões foram entregues aos promotores do caso.

Em uma publicação na rede social X, Simonyan comentou a finalização do caso e agradeceu aos responsáveis por impedir o ataque.

"Do fundo do meu coração, agradeço a quem impediu isso a tempo. Um profundo agradecimento aos nossos agentes da lei pelo seu trabalho", escreveu.

De acordo com os investigadores, o plano de assassinato contra a diretora da RT foi preparado por uma célula sediada em Moscou comandada por um grupo proibido na Rússia, denominado "Nacional-Socialismo/Poder Branco". A célula, conhecida como "Sangue Puro", foi criada em 2022 por Mikhail Balashov, que recrutou pelo menos 11 pessoas com "visões nacional-socialistas e racistas".

"Além disso, por ordem de indivíduos não identificados, Balashov e outro membro da célula, Egor Savelyev, concordaram em matar a jornalista Margarita Simonyan por uma recompensa em dinheiro de US$ 50.000", diz o comunicado do Comitê.

As investigações apontaram também que os acusados coletaram dados sobre a localização de Simonyan e tiveram acesso a armas de fogo. No entanto, antes de realizar o assassinato, foram detidos por oficiais do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB).

Balashov e Savelyev foram acusados por posse ilegal de arma de fogo e preparação de assassinato. Ambos também são apontados pela agência como criadores de um grupo terrorista, propagadores de vandalismo e incitadores de ódio.

Ucrânia encomendou o ataque

Relatórios anteriores já apontavam para o envolvimento do regime de Kiev no planejamento do atentado. Segundo os documentos, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) encomendou o ataque.

O órgão havia acusado Simonyan, em 2023, de pedir "assassinatos em massa de crianças ucranianas", mas nunca apresentou qualquer prova que sustentasse a alegação.

Na ocasião, a diretora da RT afirmou que as acusações eram falsas, pontuando que a narrativa era uma tentativa da Ucrânia de fazer um possível ataque a ela "parecer mais palatável".

Desde a escalada do conflito ucraniano, Moscou denunciou Kiev por estar por trás de assassinatos de diversos funcionários russos, bem como figuras públicas, incluindo o chefe de defesa química, general Igor Kirilov, e a jornalista Daria Dugina, filha do filósofo Alexander Dugin.