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Alcolumbre quer Pacheco no STF e não vai apoiar Messias em troca de cargos

A antecipada reunião entre Lula e o presidente do Senado ocorre em meio a rumores da imprensa nacional sobre negociações para apoio ao cargo no STF.
Alcolumbre quer Pacheco no STF e não vai apoiar Messias em troca de cargosRicardo Stuckert/PR

As negociações da vaga para o Supremo Tribunal Federal (STF) após a saída do ministro Luís Roberto Barroso seguem movimentando burburinhos nos corredores de Brasília.

Conforme divulgado pelo Globo nesta segunda-feira (20), o presidente do Senado Davi Alcolumbre afirmou a aliados que não aceitará cargos nos Correios em troca do apoio à nomeação ao STF do advogado-geral da União, Jorge Messias.

Alcolumbre tem declarada preferência pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), seu antecessor na cadeira da presidência do Senado, o que reafirma como prioridade em face dos boatos de negociação.

A posição é marcada na expectativa de uma reunião entre Alcolumbre e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em respeito a um costume de discussão entre o chefe do Executivo e o presidente do Senado antes da oficialização de um nome à Suprema Corte.

Detalhes dos bastidores

A agência JOTA publicou na terça-feira (14) que o nome de Pacheco tem o apoio dos membros do Senado e do próprio STF, enquanto Lula tem preferência por Messias. O presidente já havia apontado em entrevista à Itatiaia que vai indicar Pacheco como candidato ao governo de Minas Gerais em 2026, criando problemas na sucessão do estado se o senador assumisse o cargo no Supremo.

A reportagem enfatiza a importância do apoio de Alcolumbre, que criou entraves à nomeação de André Mendonça por Jair Bolsonaro em 2021, quando era presidente da Comissão de Consituição e Justiça (CCJ) e contrário à escolha.

Por outro lado, a nomeação ocorrerá em um contexto de reestruturação da base de Lula, que afeta negativamente o partido de Pacheco (PSD). Sua escolha seria contraditória por ceder o cargo ao Centrão, em meio a demissões de políticos deste campo por deslealdade ao governo.