Várias ruas ao redor do consulado israelense em Nova York se transformaram em palco de protestos nas últimas semanas.
Milhares de judeus ortodoxos, organizados pelo Congresso Rabínico Central dos Estados Unidos e Canadá, manifestaram-se no domingo (19) contra a possível reinstauração do serviço militar obrigatório em Israel para estudantes religiosos, informou a AP nesta segunda-feira (20).
Representantes da organização convocaram seus membros a participar, destacando que a isenção do alistamento existia desde 1948, mas passou a ser revista após decisão unânime da Suprema Corte israelense que determinou ao governo o recrutamento de homens ultraortodoxos.
"Israel não deveria forçar judeus ortodoxos a se juntarem a um exército antirreligioso para travar guerras contra sua religião", disse um dos organizadores à PR Newswire
"De batidas noturnas em bairros ortodoxos a postos de controle e prisões de estudantes de Yeshivá, Israel persegue precisamente as pessoas religiosas que afirma proteger", acrescentou.
Judeus contra Israel
Embora muitos israelenses considerem a isenção injusta, comunidades ortodoxas defendem seu modo de vida e a rejeição à guerra, baseadas em interpretação estrita do Torá, o livro sagrado do judaísmo.
O Congresso Rabínico Central é majoritariamente formado pela comunidade Satmar, segundo o jornal judeu Forward.
A doutrina ultraortodoxa do grupo é abertamente antissionista e rejeita o Estado de Israel por fundamentos religiosos. O grupo já havia promovido protestos, como relatou a agência Anadolu, quando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu visitou os EUA no mês passado, ocasião em que acusou Israel de promover genocídio em Gaza.