Trump defende que conflito na Ucrânia pare 'imediatamente' e sugere entregar Donbass à Rússia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (19) que o conflito na Ucrânia deveria ser interrompido imediatamente "nas linhas de batalha atual", indicando que Moscou manteria o controle sobre a maior parte do território, incluindo a região do Donbass. A declaração aconteceu durante conversa com jornalistas no Air Force One.

"Eles deveriam parar agora, nas linhas de batalha, ir para casa, parar de matar pessoas e encerrar isso", declarou Trump, em resposta a um repórter que perguntou se ele havia pedido ao líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, que cedesse a região à Rússia.

"Nós nunca discutimos isso", disse, pontuando que "o restante é muito difícil de negociar".

Ao ser questionado sobre o futuro do Donbass, Trump pediu para que "deixem como está".

"Deixem como está. Está dividido neste momento. Acho que 78% do território já foi tomado pela Rússia. Deixem assim e negociem algo mais adiante", sugeriu o presidente.

Encontro 'tenso' com Zelensky

As declarações ocorrem dois dias após o encontro entre Trump e Zelensky, realizado na Casa Branca, descrito por participantes como "tenso" e marcado por trocas de acusações.

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Segundo o jornal Financial Times, Trump teria pressionado o líder ucraniano a aceitar os termos de Moscou para encerrar o conflito, afirmando que "a Ucrânia pode ser destruída" e que "se [Putin] quiser, ele vai destruir você".

Durante a reunião, Trump também teria afirmado que o conflito não se trata de uma "'guerra'", mas de uma "operação especial", e reclamou dos mapas exibidos por Zelensky, dizendo estar "cansado" de ver os gráficos repetidamente.