
Petro confirma prisão de colombiano após ação militar dos EUA contra submarino no Caribe

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, se pronunciou neste sábado (18) após a operação norte-americana que destruiu um submarino acusado de transportar drogas aos Estados Unidos. Segundo Donald Trump, o navio carregava "grande quantidade de fentanil e outras substâncias ilícitas".
"Recebemos ao colombiano detido no narco submarino, nos alegra que esteja vivo e será processado de acordo com as leis", declarou Petro em publicação na rede social X.
O mandatário norte-americano havia informado que dois tripulantes morreram no ataque e outros dois, um equatoriano e um colombiano, seriam devolvidos aos seus países para serem "detidos e processados".
Contradição na justificativa
O ataque faz parte de uma série de operações militares dos EUA no Caribe, justificadas como parte do combate ao narcotráfico e concentradas nas proximidades da Venezuela.
Desde agosto, Washington tem intensificado ações na região, incluindo o envio de tropas e bombardeios, o que levou Caracas a acusar os Estados Unidos de promover uma "agressão armada" com o objetivo de forçar uma mudança de regime.

Apesar das justificativas apresentadas por Trump, relatórios de agências do próprio governo americano indicam que a Venezuela não é o principal foco do tráfico de drogas para o mercado norte-americano. De acordo com a Agência Antidrogas dos EUA (DEA), cerca de 84% da cocaína apreendida no país tem origem colombiana, e o documento não cita a Venezuela, informou o portal Uol.
Dados da administração Trump mostram que a rota do Pacífico responde por 74% do fluxo de drogas vindas da América do Sul, e não o Caribe, onde se concentram os ataques recentes.
