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Reação europeia à cúpula Putin-Trump revela tensões internas no bloco

Diplomatas expressam desconforto com o local escolhido, que destaca divergências sobre relações com Moscou enquanto buscam soluções para o conflito ucraniano.
Reação europeia à cúpula Putin-Trump revela tensões internas no blocoGettyimages.ru / Andrew Harnik

A União Europeia enfrenta divisões internas diante da reunião programada entre Vladimir Putin e Donald Trump em Budapeste, capital da Hungria, vista como um desafio aos esforços europeus de apoiar a Ucrânia. Fontes do jornal espanhol El País descrevem o encontro como uma "pesadelo político" para o bloco, apesar de declarações públicas positivas sobre potenciais avanços para a paz.

Enquanto líderes europeus afirmam publicamente que a cúpula entre os presidentes russo e americano é benéfica se levar a um fim justo do conflito, fontes indicam preocupações privadas. Um porta-voz da UE declarou que "as reuniões nem sempre decorrem na ordem ou no formato que desejaríamos, mas se elas nos aproximam de uma paz justa e duradoura para a Ucrânia, devemos acolhê-las com satisfação."

No entanto, uma diplomata europeia alertou que a escolha de Budapeste "aprofundam as divisões na UE em relação ao Kremlin", colocando os líderes comunitários em posição embaraçosa ao sediar o evento sem participação da UE.

Cúpula Putin-Trump

A reunião foi acordada após uma conversa telefônica entre Trump e Putin na quinta-feira. Trump afirmou que acredita que "foi alcançado um grande avanço com a conversa telefônica de hoje" e descreveu a ligação como "muito produtiva". O Kremlin indicou que preparará o encontro "sem demora". O assessor presidencial russo, Yuri Ushakov, revelou que Trump sugeriu Budapeste, ideia que Putin apoiou.

Trump anunciou que, antes da cúpula, haverá reuniões entre assessores de alto nível. "As reuniões iniciais dos Estados Unidos serão conduzidas pelo secretário de Estado, Marco Rubio, juntamente com outras pessoas que serão designadas em breve".