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Blinken diz a Netanyahu que os EUA continuam se opondo à operação em Rafah
Por sua vez, o primeiro-ministro israelense disse que lançaria uma ofensiva se o Hamas não aceitasse o acordo com os reféns.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, declarou em uma reunião com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que Washington continua se opondo ao possível ataque de Tel Aviv à cidade de Rafah, noticiou a AFP citando um funcionário dos EUA.
Blinken "reiterou a postura clara dos EUA sobre Rafah", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller. De acordo com as informações, as conversas entre o secretário de Estado e o primeiro-ministro duraram duas horas e meia, a princípio a sós e depois com assessores.
Segundo a publicação, o diplomata de alto escalão dos EUA espera pressionar por um acordo entre Israel e o Hamas, embora Netanyahu tenha prometido anteriormente lançar um ataque a Rafah mesmo se um acordo for alcançado. Blinken discutiu o pacto com Netanyahu e afirmou que "é o Hamas que está impedindo um cessar-fogo", disse Miller.
No entanto, segundo a Axios, Netanyahu advertiu Blinken que Israel avançará com a invasão de Rafah se o Hamas não aceitar o acordo de reféns.
Entrega de Ajuda Humanitária a Gaza
Além disso, Blinken pretende fazer com que os líderes israelenses facilitem a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, informou a Reuters. "Mesmo enquanto trabalhamos com determinação implacável para conseguir um cessar-fogo que traga os reféns de volta para casa, também precisamos nos concentrar no povo de Gaza, pois estão sofrendo nesse fogo cruzado provocado pelo Hamas", declarou Blinken antes de sua reunião com o presidente israelense, Isaac Herzog, em Tel Aviv.
"Nosso foco é garantir que recebam a ajuda de que precisam, seja em alimentos e medicamentos, água ou abrigo. Isso também está muito presente em nossas mentes", acrescentou.
Segundo Blinken, entre as medidas necessárias está a garantia de que existam motoristas e caminhões suficientes dentro de Gaza para que a distribuição da ajuda seja realizada de forma eficaz. Ele disse ainda que é preciso identificar uma lista clara de itens, para que não haja recusas "arbitrárias" das remessas de ajuda.
Na terça-feira, Netanyahu afirmou que Israel "não tem outra escolha", tornando essencial adentrar Rafah para alcançar uma possível vitória no campo de batalha.