O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se recusou nesta sexta-feira (17) a fornecer à Ucrânia os mísseis de cruzeiro Tomahawk que Kiev planejava utilizar para atacar a Rússia, informou o Financial Times.
De acordo com o veículo, o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, deixou a Casa Branca após sua reunião com o mandatário norte-americano sem o acordo sobre os mísseis.
Em declarações recentes a jornalistas, Trump afirmou que "os Tomahawks são armas muito perigosas" e que "poderiam significar uma escalada".
"Os Tomahawks são um problema sério", disse o mandatário, acrescentando que espera "encerrar a 'guerra' sem precisar pensar nos Tomahawks".
No entanto, Trump, após manter uma conversa telefônica com seu homólogo russo, Vladimir Putin, indicou na quinta-feira (16) que os mísseis também são necessários para seu país e que não pode esgotar seu próprio estoque.
"Precisamos dos Tomahawks e de muitas outras armas que estamos enviando à Ucrânia. Essa é uma das razões pelas quais queremos pôr fim a esta guerra", disse.
"Encontro tenso"
O portal Axios informou nesta sexta-feira (17) que Trump disse diretamente a Zelensky, durante sua "reunião tensa", que pelo menos por agora não tem intenção de entregar os Tomahawks a Kiev.
"Zelensky esperava sair de Washington com acordos sobre novas armas para a Ucrânia, mas encontrou Trump em um estado de espírito totalmente diferente um dia depois de manter uma longa chamada com o presidente russo, Vladimir Putin", disse o veículo, citando fontes da Casa Branca.
Enquanto uma delas afirmou que o encontro entre Trump e Zelensky "não foi fácil", outra garantiu que "foi ruim".
"Ninguém gritou, mas Trump foi duro", disse uma das fontes. Segundo o portal, a reunião terminou de maneira abrupta após duas horas e meia.
"Acho que terminamos. Veremos o que acontece na próxima semana", disse Trump, em referência às conversas planejadas entre Estados Unidos e Rússia.