Trump concede perdão a George Santos, ex-deputado norte-americano filho de brasileiros

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (17) o perdão ao ex-deputado George Santos, nascido em Nova York e filho de brasileiros. O republicano cumpria pena por fraude eletrônica e falsidade ideológica desde julho. Segundo Trump, o político será libertado "imediatamente".

Em publicação em sua rede Truth Social, o presidente afirmou que "George Santos era meio que um 'fora da lei', mas há muitos foras da lei em nosso país que não são obrigados a cumprir sete anos de prisão".

Trump acrescentou que o ex-parlamentar "foi terrivelmente maltratado" e confirmou ter assinado "uma comutação de pena, libertando George Santos da prisão IMEDIATAMENTE".

O deputado

George Santos foi eleito em 2022 por um distrito de Nova York que abrange partes do Queens e de Long Island, tradicionalmente dominado por democratas. O político cumpriu pouco mais de um ano de mandato antes de ser expulso da Câmara dos Representantes, em 2023.

Durante o processo judicial, Santos admitiu ter roubado a identidade de pelo menos dez pessoas incluindo familiares, para financiar sua campanha eleitoral. Em acordo com a Justiça, ele concordou em pagar cerca de US$ 580 mil em multas, além da pena de prisão.

Antes de ser sentenciado, o ex-deputado enviou uma carta ao tribunal dizendo estar "profundamente arrependido" e chamou de "severa demais" a punição solicitada pelos promotores. Em abril, a Justiça determinou que ele deveria se apresentar até 25 de julho para começar a cumprir a pena.

Nas redes sociais, Santos fez postagens de despedida, misturando ironia e agradecimentos.

John Bolton se entrega as autoridades

"Aos meus apoiadores: vocês fizeram esse cabaré político valer a pena. Aos críticos: obrigado pela publicidade gratuita. Talvez eu esteja saindo de cena (por enquanto), mas acreditem: lendas nunca se despedem de verdade", escreveu.

Após o escândalo que revelou mentiras sobre sua trajetória, incluindo empregos falsos em Wall Street e um patrimônio inexistente, o ex-congressista passou a adotar um tom mais reflexivo.

"Aprendi que, não importa se somos de esquerda, direita ou centro, somos todos humanos e... temos um superpoder que valorizo muito: a compaixão", afirmou.