
Trump responde se Kiev terá mísseis Tomahawk

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, abordou nesta sexta-feira (17), em uma reunião com o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, a possibilidade de a Ucrânia ser autorizada a lançar ataques de longo alcance contra a Rússia.
"Isso significaria uma escalada [no conflito], mas vamos conversar sobre isso", explicou o mandatário norte-americano a jornalistas na Casa Branca.
O presidente norte-americano afirmou também que espera encerrar o conflito "sem precisar pensar nos Tomahawks".
"Estamos muito perto de conseguir isso", disse.
Discussões em torno dos mísseis Tomahawk
Anteriormente, Trump revelou que Zelensky planejava solicitar a ele os mísseis de cruzeiro de longo alcance Tomahawk durante sua reunião em Washington.

Em 6 de outubro, Trump não descartou a possibilidade de que Washington possa fornecer os mísseis à Ucrânia e declarou que "de certa forma" já tinha tomado uma decisão a respeito, mas admitiu que antes de dar um passo definitivo gostaria de saber "o que eles fazem com eles" e "para onde os enviam".
No entanto, Trump, após manter uma conversa telefônica com seu homólogo russo, Vladimir Putin, indicou na quinta-feira (16) que os mísseis também são necessários para seu país e que não pode esgotar seu próprio estoque.
"Também precisamos dos Tomahawks para os EUA. Temos muitos deles, mas precisamos deles. Não podemos esgotá-los para nosso país. Então, vocês sabem, eles são muito vitais. São muito poderosos", declarou.
Trump afirmou também que a situação mudou quando os países europeus começaram a pagar pelas armas norte-americanas para Kiev, mas garantiu que a questão "vai além do dinheiro".
"Precisamos dos Tomahawks e de muitas outras armas que estamos enviando à Ucrânia. Essa é uma das razões pelas quais queremos pôr fim a esta guerra", disse.
Por sua vez, o conselheiro presidencial russo Yuri Ushakov afirmou que Putin reiterou ao presidente norte-americano que os mísseis Tomahawk não farão diferença no campo de batalha, mas causarão um "dano significativo" nas relações entre Washington e Moscou, bem como nas perspectivas de paz.

