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PF identifica transferência suspeita para parente de ministro do STJ em celular de lobista

Investigações revelam laços controversos sobre venda de sentenças no tribunal com valor de R$ 1,12 milhões.
PF identifica transferência suspeita para parente de ministro do STJ em celular de lobistaGustavo Lima / STJ

A Polícia Federal identificou mensagens no celular de um lobista, indicando um repasse de R$ 1,12 milhão para Catarina Buzzi, advogada e filha do ministro do STJ Marco Buzzi, durante uma investigação sobre venda de sentenças no tribunal. As informações são do jornal O Globo, em matéria publicada na sexta-feira (17).

O inquérito, liderado pelo ministro do STF, Cristiano Zanin, envolve uma rede de lobistas, advogados, empresários e ex-servidores ligados aos ministros do STJ Og Fernandes, Isabel Gallotti e Nancy Andrighi. De acordo com o relatório sigiloso, prints de conversas entre "Carlos Chaves" e "Dra" (provavelmente Catarina) mencionam pagamentos de R$ 500 mil como honorários e o depósito de R$ 1,12 milhão, logo após Catarina contatar o advogado Roberto Zampieri.

A PF também destacou laços de Catarina com Zampieri e o empresário Haroldo Augusto Filho, sócio de uma consultoria de agronegócio em Mato Grosso suspeita de irregularidades. Haroldo trocou mensagens sobre a família de Marco antes de um possível jantar, e o ministro negou conhecimento sobre negócios de sua filha.

O STJ esclareceu que nenhum dos citados está em processos sob sua jurisdição, e Catarina rejeitou participação em negociações.