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Ibama recebe projeto de R$ 46 mi da Petrobras para reduzir danos na perfuração da Foz do Amazonas

Valor, que representa 6% do custo total do projeto exploratório, será usado em monitoramento e planos de emergência; Ibama já recebeu esclarecimentos técnicos adicionais da empresa.
Ibama recebe projeto de R$ 46 mi da Petrobras para reduzir danos na perfuração da Foz do AmazonasGettyimages.ru / Rafael Guadeluppe / NurPhoto

A Petrobras informou ao Ibama que são necessários R$ 46,728 milhões para mitigar impactos ambientais na perfuração de um poço na Foz do Amazonas, etapa final para obtenção da licença de operação. O valor corresponde a 6 % do custo total do projeto, que fica em R$ 842,4 milhões para a perfuração e pesquisa de petróleo. A informação foi obtida pelo jornal Folha de S.Paulo.

O Ibama estabeleceu um percentual de compensação ambiental de 0,5 %, a maior alíquota que pode ser exigida, o que resulta em uma obrigação de pagamento de R$ 3,96 milhões pela Petrobras, a ser repassado ao ICMBio, que poderá destiná‑lo a unidades de conservação próximas, como o Parque Nacional do Cabo Orange e a Área de Proteção Ambiental da Costa do Cabo Norte.

Conforme os dados apresentados pela Folha, os R$ 46,728 milhões desembolsados pela petroleira englobam projetos ambientais que incluem monitoramento marítimo, planos de emergência para animais e outras medidas de mitigação, além de embarcações de suprimento e logística para a operação.

O custo somente da perfuração em si foi estimado em R$ 792,6 milhões, englobando a contratação da sonda, operação, locação e equipe técnica. Os valores são referentes apenas à fase exploratória, não contemplando eventual exploração comercial futura, que ainda seria realizada em águas profundas a cerca de 2.883 metros de lâmina d'água, 175 km da costa do Amapá.

Embora haja rejeição de comunidades locais e de ambientalistas, conforme levantamento do Datafolha, até meados de outubro não há indícios de falhas graves ou riscos ambientais não atendidos e a petroleira já enviou os esclarecimentos técnicos adicionais solicitados pelo Ibama relacionados a emergências, revisões de fluxos de comunicação e ajustes operacionais.