A cantora Anitta, o cacique Raoni e outros líderes indígenas se reuniram na quinta-feira (16) com o rei Charles III em um evento no Palácio de St. James, na Inglaterra, para discutir a criação de novas fontes de energia sustentável e a "preservação do meio ambiente".
O encontro foi promovido pela Circular Bioeconomy Alliance, criada em 2020 pelo então príncipe Charles, com foco em ações voltadas à bioeconomia circular.
Lobby internacional e o petróleo brasileiro
Um dos principais articuladores da campanha contra a exploração de petróleo na margem equatorial do rio Amazonas, além da própria Circular Bioeconomy Alliance, é a ONG britânica EKO, financiada por bilionários do Reino Unido e de outros países, individualmente ou através de fundações como a Children's Investment Fund Foundation (CIFF), fundada em 2002 pelo bilionário britânico Sir Chris Hohn; a Bloomberg Philanthropies; AKO Foundation, entre outras.
Rei Charles III e as ONGs "ambientalistas"
O monarca britânico é um dos principais defensores globais de "causas ambientais", tendo fundado a já mencionada Circular Bioeconomy Alliance e a também a Sustainable Markets Initiative (SMI, 2019), voltadas à promoção de economias sustentáveis e à proteção da biodiversidade. O monarca integra um "ecossistema" de ONGs e fundações mantidas por bilionários que, segundo críticos, visam impedir países como o Brasil de explorar seus próprios recursos.
Potencial da Margem Equatorial do Amazonas
A margem equatorial do Amazonas é considerada uma nova fronteira petrolífera brasileira, com reservas estimadas em até 10 bilhões de barris, suficientes para garantir autossuficiência energética.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a exploração da área pode gerar mais de 300 mil empregos diretos e arrecadar cerca de R$ 200 bilhões em royalties. ONGs e fundações internacionais defendem a suspensão do licenciamento, o que críticos associam à interferência estrangeira com motivações geopolíticas.
O governo brasileiro, por sua vez, defende que a atividade trará desenvolvimento regional e fortalecerá cadeias produtivas locais.