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Turquia se juntará ao caso da África do Sul contra Israel por genocídio na CIJ

O ministro das Relações Exteriores da Turquia disse que medidas coercitivas contra Israel são "essenciais".
Turquia se juntará ao caso da África do Sul contra Israel por genocídio na CIJGettyimages.ru / Majdi Fathi

A Turquia decidiu se juntar ao caso de genocídio da África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), disse na quarta-feira o ministro das Relações Exteriores turco, Hakan Fidan.

"Quero anunciar isso aqui pela primeira vez. Decidimos intervir no processo movido pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça", declarou o ministro durante uma coletiva de imprensa com seu colega indonésio.

Em sua declaração, Fidan disse que medidas coercitivas contra Israel são "essenciais". "Estamos diante de uma escolha. Ou ficamos do lado da lei ou todos nós pagaremos o preço da opressão", disse ele.

Da mesma forma, ele disse que o Ocidente também está se aproximando da posição de Ancara sobre a questão palestina, referindo-se aos protestos em massa que estão ocorrendo em diferentes cidades dos EUA e da Europa. "Hoje, as pessoas saíram às ruas em países que apoiam Israel. O sangue que corre em Gaza não é apenas o sangue dos habitantes de Gaza", disse ele.

Por sua vez, Israel está determinado a prosseguir com sua ofensiva na cidade de Rafah, onde mais de um milhão de palestinos deslocados estão amontoados. No entanto, Israel enfrenta críticas internacionais, inclusive da CJI, que ameaçou emitir um mandado de prisão para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e outras autoridades israelenses, o que provocou raiva em Tel Aviv e ameaças de retaliação por parte de Washington.