Presidente do Equador decreta estado de emergência para permitir que as Forças Armadas intervenham nas prisões

No país sul-americano, o toque de recolher está em vigor das 23h às 5h por um período de 60 dias.

O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou nesta segunda-feira um estado de emergência, que concede às Forças Armadas prerrogativas para intervir nas prisões do país após a suposta fuga do líder criminoso, Adolfo Macias, conhecido como 'Fito'.

"Dei instruções precisas aos comandantes militares e policiais para intervir nas prisões. Acabo de assinar um decreto de estado de emergência para que as Forças Armadas tenham todo o respaldo político e legal em suas ações", disse o presidente em um discurso transmitido em suas redes sociais.

De acordo com Noboa, a medida tem como objetivo "recuperar o controle dos centros de detenção, que foi perdido nos últimos anos".

Além disso, o mandatário equatoriano afirmou que seu Governo não negociará com organizações criminosas e não descansará até que a paz seja restaurada para os equatorianos.

"Acabou-se o tempo em que os condenados por tráfico de drogas, assassinatos por encomenda e crime organizado ditavam ao Governo da época o que fazer", advertiu, acusando esses "grupos narcoterroristas" de tentar "intimidar" as autoridades, com o pressuposto de que elas cederiam às suas exigências.  

No país sul-americano, o toque de recolher está em vigor das 23h às 5h por um período de 60 dias.