Notícias

Bolton é indiciado por uso indevido de documentos sigilosos

Ex-conselheiro de Segurança Nacional de Trump é acusado de lidar de forma imprópria com informações confidenciais.
Bolton é indiciado por uso indevido de documentos sigilososGettyimages.ru / Andrew Harnik

O ex-conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, que integrou o governo de Donald Trump entre 2018 e 2019, foi formalmente acusado na quinta-feira (16) por manuseio incorreto de materiais sigilosos, conforme apurou a Fox News.

A acusação faz parte de uma investigação conduzida pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, iniciada após um mandado de busca cumprido pelo FBI na residência de Bolton, localizada em Maryland, em agosto deste ano.

Durante a operação, agentes federais apreenderam computadores, celulares, pen drives e um disco rígido, além de pastas rotuladas como "Trump I-IV" e uma pasta branca intitulada "Declarações e Reflexões sobre Ataques Aliados", conforme relatou o Departamento de Justiça.

A ação, executada em 22 de agosto, integra uma investigação criminal sobre a suposta remoção e retenção não autorizadas de documentos sigilosos e o possível envio de informações de defesa nacional por meios não oficiais.

De acordo com fontes do FBI citadas pelo The New York Post, Bolton teria transferido arquivos confidenciais da Casa Branca para um servidor privado e enviado parte do conteúdo a familiares. O ex-assessor, de 76 anos, pode enfrentar até 25 anos de prisão se condenado.

Bolton ocupou o cargo de conselheiro de Segurança Nacional entre abril de 2018 e setembro de 2019 e foi embaixador dos Estados Unidos nas Nações Unidas entre 2005 e 2006. Até o momento, ele não comentou publicamente sobre o caso, limitando-se a fazer críticas recentes à política externa de Donald Trump em suas redes sociais.