Alckmin anuncia ampliação de comércio com a Índia e firma novos acordos estratégicos

Vice-presidente detalhou expansão do Acordo de Preferências Tarifárias Mercosul‑Índia, implementação de visto eletrônico de negócios e acordos para o fornecimento de petróleo e cooperação médica.

À frente de uma missão em Nova Delhi, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou na quinta-feira (16) iniciativas para ampliar o comércio entre Brasil e Índia, além de fortalecer as relações com o Mercosul, medida bem recebida por empresas sul-americanas que atuam ou exportam para o país asiático.

Em conjunto com o ministro indiano de Comércio e Indústria, Piyush Goyal, Alckmin divulgou um cronograma para expandir o Acordo de Preferências Tarifárias Mercosul‑Índia, assinado em 2004 e em vigor desde 2009, que atualmente reduz tarifas em cerca de 450 linhas, número considerado pequeno pelo vice-presidente.

"O comércio entre Brasil e Índia está crescendo. O ano passado foi 12 bilhões de dólares. Este ano pode chegar a 15 bilhões de dólares. A exportação da Índia para o Brasil cresce mais de 30% este ano e poderemos rapidamente chegar a 20 bilhões de dólares", afirmou Alckmin.

O vice-presidente anunciou ainda a implementação de visto eletrônico de negócios para cidadãos indianos, facilitando a entrada de profissionais e empresários no Brasil. Na quarta-feira (15), ele também confirmou a abertura de um escritório da Embraer na Índia e a assinatura de um acordo para evitar bitributação.

Acordos da Petrobras e Fiocruz

No setor energético, Alckmin destacou que a Petrobras firmou contrato para fornecer 6 milhões de barris de petróleo à Índia. Já na área da saúde, um novo acordo envolvendo a Fiocruz será anunciado nos próximos dias, com foco na indústria farmacêutica e na produção de vacinas.

"Queremos ampliar a nossa parceria na saúde e na indústria ligada à saúde. E chega nesta sexta-feira o ministro da Saúde do Brasil, porque podemos ampliar também na área da indústria farmacêutica e vacinas”, afirmou o vice-presidente, ao mencionar a chegada do ministro Alexandre Padilha à capital indiana.