Hamas afirma ter entregado a Israel todos os reféns vivos e corpos que conseguiu recuperar

O Hamas anunciou nesta quarta-feira (15) ter cumprido suas obrigações quanto à entrega de reféns israelenses no acordo de paz para Gaza, afirmando ter transferido todos os prisioneiros vivos em sua posse e os corpos aos quais tem acesso. A declaração foi divulgada pelas Brigadas Qassam, braço armado do grupo, através de seu canal oficial no Telegram.

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"A resistência aderiu ao que foi acordado, entregando todos os prisioneiros vivos que detinha e os corpos que consegue acessar", diz um trecho do comunicado.

Sobre os corpos que permanecem em Gaza, o texto explica que a recuperação "exige esforços significativos e equipamentos especiais para localizá-los e resgatá-los", acrescentando que o grupo está "fazendo grandes esforços para concluir este dossiê".

Em resposta, as Forças de Defesa de Israel e o Shin Bet, serviço de segurança interna, emitiram um comunicado conjunto confirmando que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) se dirigiu a um ponto de encontro no norte de Gaza para receber "dois caixões de reféns falecidos".

Netanyahu faz alerta

Segundo reportado pela Al Jazeera, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou nesta quarta-feira (15) a exigência de que o Hamas cumpra integralmente os termos do cessar-fogo relativos à repatriação dos corpos dos reféns falecidos.

"Não faremos concessões quanto a isso e não interromperemos nossos esforços até que seja recuperado o último refém falecido", declarou.

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O plano de trégua proposto pelo presidente norte-americano Donald Trump estabelecia originalmente o prazo de segunda-feira (13) para a entrega de todos os reféns, vivos e mortos. Contudo, o acordo prevê que, caso isso não ocorra, o Hamas deve compartilhar informações sobre os reféns falecidos e efetuar a entrega o mais rápido possível.

Ainda de acordo com a Al Jazeera, organizações humanitárias, incluindo o CICV, alertaram sobre as dificuldades logísticas para recuperação dos corpos, citando a extensa destruição em Gaza e a localização de alguns restos mortais em áreas atualmente sob controle militar israelense.