Lula confirma reunião entre Brasil e EUA para discutir tarifas sobre produtos brasileiros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta quarta-feira (15) o encontro entre representantes dos governos do Brasil e dos Estados Unidos, marcado para esta quinta-feira (16). O objetivo é discutir as tarifas de até 50% aplicadas pelos EUA a determinados produtos brasileiros.

A reunião será entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira e o secretário de Estados dos EUA, Marco Rubio. O chanceler brasileiro já está em Washington desde terça-feira (14)

"Amanhã nós vamos ter a conversa de negociação", disse Lula.

Ao comentar sobre a videoconferência que teve com o chefe de Estado norte-americano em 6 de outubro, o presidente brincou: "não pintou química, pintou uma indústria petroquímica".

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Lula também relatou detalhes do diálogo que manteve com Trump durante o telefonema.

"Ele me ligou e eu disse: 'Eu queria estabelecer uma conversa sem liturgia. Eu estou fazendo 80 anos hoje, você vai fazer 80 anos dia 14 de junho, porque eu tinha pesquisado. Significa que sou oito meses mais velho que você. Então, vamos nos tratar de "você", sem liturgia'", contou.

Detalhes da reunião

Além de tratar sobre o tarifaço aplicado ao Brasil, o portal g1 informou que o objetivo de Trump nesta reunião é que o Brasil deixe de lado a discussão de implementar uma nova moeda comum para as transações entre os membros do BRICS e continue utilizando o dólar como a principal moeda de negociação.

"Estão todos saindo do BRICS. Era um ataque ao dólar. Eu disse: 'querem jogar esse jogo? Vamos colocar tarifas sobre todos os produtos que entrarem nos Estados Unidos'. Eles disseram: 'estamos fora do BRICS'. E agora ninguém mais fala disso", disse Trump durante encontro com o presidente da Argentina, Javier Milei na terça-feira (14).

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De acordo com informações do g1, "assessores de Lula estão o aconselhando a realmente deixar esse debate de lado". A proposta de substituir o dólar por uma moeda única no BRICS exigiria tempo e ajustes para equilibrar as economias do grupo antes de implementar a nova moeda nas transações comerciais e financeiras, informou o jornal.

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