O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (15), em declaração exclusiva à CNN, que poderá autorizar a retomada da ofensiva de Israel contra Gaza "assim que eu disser", caso o Hamas não cumpra os termos do acordo de cessar-fogo em vigor.
"Israel voltará às ruas assim que eu disser a palavra", afirmou o presidente ao comentar o andamento da trégua, que prevê a devolução de todos os reféns – vivos e mortos – mantidos pelo Hamas.
O grupo, classificado como organização terrorista pelo governo norte-americano, entregou os 20 reféns vivos, mas apenas quatro corpos foram repassados até o momento. Segundo o Exército de Israel, um dos corpos não pertence a um dos reféns sequestrados.
Trump destacou que "resgatar os 20 reféns vivos foi essencial", mas reforçou que o acordo só será considerado cumprido quando todos os termos forem atendidos. De acordo com o ponto 4 do plano de paz apresentado pelo governo dos EUA, todos os reféns deveriam ser devolvidos no prazo de 72 horas após a aceitação pública do acordo por parte de Israel.
Nos dias seguintes à libertação dos reféns, confrontos violentos foram registrados entre o Hamas e grupos rivais. Uma das ocorrências resultou em uma execução pública.
O plano de 20 pontos elaborado pela Casa Branca prevê ainda que integrantes do Hamas que se comprometerem com a coexistência pacífica e entregarem suas armas terão anistia. Aqueles que optarem por deixar Gaza poderão receber passagem segura para outros países.
Trump afirmou que teve que conter uma reação imediata do governo de Israel. "Tive um confronto com Bibi", disse o presidente, referindo-se ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. "Se Israel pudesse entrar e acabar com eles, faria isso."
O presidente demonstrou otimismo com o apoio internacional à proposta, citando 59 países que participaram da cerimônia no Egito ou manifestaram apoio ao documento chamado de "Acordo de Paz Trump". Segundo ele, "nunca vimos nada assim".