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China insta os EUA a "examinar seu próprio comportamento"

A Aliança do Setor de Segurança Cibernética divulgou um relatório acusando os EUA de "conduzir espionagem cibernética e roubo" de dados de inteligência, além de minar o poder estatal de alguns países por meio da Internet.
China insta os EUA a "examinar seu próprio comportamento"Ministério das Relações Exteriores da China

A China insta os EUA a "parar de colocar em risco a paz, a estabilidade e a segurança no espaço cibernético", declarou nesta segunda-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da chinês, Lin Jian, durante uma coletiva de imprensa.

O porta-voz comentou sobre um relatório da Aliança da Indústria de Segurança Cibernética da China, divulgado no domingo, que acusou Washington de realizar atividades que "ameaçam e prejudicam a segurança e o desenvolvimento do espaço cibernético global".

"O relatório revela as práticas hegemônicas, dominadoras e intimidadoras dos Estados Unidos de usar a Internet para espalhar desinformação e interferir nos assuntos internos de outros países, e de conduzir uma vigilância indiscriminada da Internet e o roubo de dados de inteligência de outros países", disse Lin Jian.

Nesse contexto, enfatizou que Pequim o "insta os EUA a examinar seriamente seu próprio comportamento, respeitar as normas internacionais e parar de colocar em risco a paz, a estabilidade e a segurança no espaço cibernético".

Ameaças cibernéticas criadas pelos EUA

O relatório da Aliança Industrial de Segurança Cibernética da China, intitulado 'Ameaças e sabotagem dos EUA à segurança e ao desenvolvimento do espaço cibernético global', foi publicado em chinês e inglês. O texto acusa os EUA de "conduzir espionagem cibernética e roubo, moldar e manipular a opinião pública, violar regras e buscar a dissociação, além de interromper as cadeias de suprimentos". Assim, a entidade declarou que os EUA realizam "infiltração ideológica" contra alguns países, espalham notícias falsas e "subvertem seu poder estatal por meio da Internet".

Com relação à "espionagem cibernética" perpetrada pelos EUA, o órgão indicou que "de civis a líderes nacionais, de políticos a organizações internacionais, de missões diplomáticas a empresas, ninguém pode estar isento das agências de inteligência dos EUA, nem mesmo os aliados dos EUA".

Pequim também argumentou que os EUA estão "desencadeando uma corrida armamentista cibernética" e recorrendo à "dissuasão cibernética".