
Zelensky confirma encontro com Trump em Washington na próxima sexta-feira

O líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, confirmou nesta segunda-feira (13) que se encontrará com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington, na próxima sexta-feira (17). O encontro vai tratar da possibilidade de financiamento norte-americano à defesa aérea da Ucrânia e do fornecimento de mísseis de cruzeiro Tomahawk de longo alcance.
"Também terei a oportunidade de ir a Washington e me reunir com o presidente Trump na sexta-feira. Acredito que discutiremos uma série de medidas que pretendo propor. Sou grato ao presidente Trump pelo nosso diálogo e pelo seu apoio", publicou Zelensky no X.
Uma comitiva ucraniana, liderada pela primeira-ministra Yulia Svyrydenko e pelo Secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional, Rustem Umerov, está prevista para conversar com diversas autoridades norte-americanas durante o encontro bilateral.

Zelensky também se encontrará com senadores, membros do Congresso norte-americano, além de empresas dos setores de defesa e energia. Segundo ele, a iniciativa foi uma proposta do presidente Trump.
A decisão de se reunir com essas empresas, explicou, busca atender a "necessidades urgentes relacionadas a diferentes tipos de ataques", incluindo os já realizados pela Rússia. "Em todo caso, precisamos estar preparados. Portanto, será útil", acrescentou.
Apoio dos EUA à Kiev "pode terminar mal"
No domingo (12), Trump já havia sinalizado negativamente à solicitação de Kiev sobre o possível envio dos mísseis, durante uma conversa com Zelensky. De acordo com o chefe de Estado norte-americano, o envio poderia concretizar "um novo passo de agressão" entre Kiev e Moscou.
A possibilidade de fornecimento dos mísseis Tomahawk pelos Estados Unidos à Ucrânia foi recebida de forma negativa por autoridades russas. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a ação norte-americana "pode terminar mal" e que a utilização desse tipo de míssil seria impossível por parte de Kiev sem a ajuda da Casa Branca.
O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e ex-presidente do país, Dmitry Medvedev, também comentou nesta segunda-feira (13) sobre o possível envio do armamento, reiterando que "o envio desses mísseis pode acabar mal para todos — e, antes de tudo, para o próprio Trump".
