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Chanceler da Argentina inicia visita à China com ênfase em investimentos

Diana Mondino iniciou sua agenda de atividades no gigante asiático participando da Cúpula de Negócios e Investimentos da Argentina.
Chanceler da Argentina inicia visita à China com ênfase em investimentosEl Ministerio de Relaciones Exteriores de Argentina

A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, iniciou sua agenda de atividades na China com sua participação na Cúpula de Negócios e Investimentos da Argentina na cidade de Xangai, dedicada à promoção comercial e atração de investimentos, informou o Ministério das Relações Exteriores do país sul-americano neste domingo.

Ela também se reuniu com representantes de empresas chinesas, como Tibet Summit Resources, Gangfeng, Power China e Greenland, que fizeram importantes investimentos em projetos na Argentina.

Mondino foi recebida pelo vice-prefeito de Xangai, Hua Yuan, e visitou o Integral Hub of Argentina, uma plataforma para a promoção de produtos de exportação argentinos para toda a China.

Diante de representantes de empresas argentinas que já operam no gigante asiático e de potenciais parceiros de diferentes setores, a chanceler discutiu o superávit financeiro de 0,2% alcançado no primeiro trimestre do Governo, bem como a redução dos gastos públicos e da inflação no âmbito do plano empreendido pelo presidente Javier Milei.

Ele também afirmou que Buenos Aires está promovendo outras medidas para expandir os incentivos fiscais e econômicos existentes e para impulsionar o aumento de grandes investimentos.

Aproximação com a China?

Em 2023, a China foi o terceiro maior destino das exportações argentinas, que chegaram a US$ 5,2 bilhões e representaram quase 8% do total das vendas do país para o mundo. Desde 2000, Pequim também se tornou um importante investidor na nação latino-americana.

Uma tensão bilateral poderia, portanto, trazer um impacto comercial negativo para Buenos Aires, que continua atolado em uma grave crise econômica.

Nesse contexto, apesar das fortes críticas durante sua campanha, Javier Milei, eleito presidente, teve de aceitar a importância das relações com Pequim em questões comerciais e financeiras. De acordo com o jornal La Nación, apenas dois dias após assumir o cargo, o presidente enviou uma carta ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, pedindo-lhe que intercedesse na renovação do swap cambial.