
Alerta aos carecas: finasterida pode levar a depressão e suicídio

Um estudo publicado no Journal of Clinical Psychiatry alertou para os riscos associados ao uso da finasterida, medicamento usado no tratamento da calvície masculina e de problemas de próstata.

A pesquisa, baseada em evidências de duas décadas, indica uma possível relação entre o uso do remédio e o aumento de casos de depressão e comportamento suicida.
Pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém apontam que sinais desses efeitos já eram observados desde os anos 2000, mas foram ignorados por órgãos reguladores e fabricantes.
Mais cabelo, menos humor
A finasterida bloqueia uma enzima que atua na produção de hormônios ligados ao crescimento capilar, mas também reduz substâncias que influenciam o humor, como a alopregnanolona, o que pode explicar os impactos negativos sobre a saúde mental.
O levantamento reuniu dados de oito estudos publicados entre 2017 e 2023, todos mostrando associação consistente entre o medicamento e o risco de depressão e suicídio.
O pesquisador Mayer Brezis destacou falhas na farmacovigilância e afirmou que o atraso em reconhecer os riscos pode ter levado centenas de milhares de pessoas a desenvolverem depressão relacionada ao uso da finasterida.
O estudo ressalta que, por se tratar de um medicamento de uso estético, os riscos psiquiátricos precisam de atenção especial.
O estudo enfatiza que, por se tratar de um medicamento com fins estéticos, os riscos psiquiátricos merecem atenção especial.
