
Guerra comercial EUA-China: produtores de soja brasileiros obtêm lucros recordes

O Brasil está ampliando seus ganhos devido à guerra comercial entre Estados Unidos e China. Com a suspensão das compras de soja americana pela China, o país viu uma oportunidade única para expandir suas exportações.

Segundo a revista The Economist, a China, que é a maior compradora global do grão, deixou de adquirir soja dos EUA em retaliação às tarifas impostas por Donald Trump, impactando severamente os agricultores americanos e levando Washington a preparar um pacote de US$ 10 bilhões para ajudar o setor.
Em contrapartida, o Brasil deve exportar 110 milhões de toneladas de soja em 2025, um recorde histórico que compensa as perdas causadas pelas tarifas norte-americanas sobre produtos brasileiros, como carne bovina e café. A crise sino-americana tornou o mercado de soja um cenário favorável para os exportadores sul-americanos, consolidando o Brasil como principal fornecedor global para Ásia e Europa.
Além do impulso externo, o Brasil possui vantagens estruturais, como uma área plantada mais extensa, maior teor de proteína na variedade de soja cultivada no país e forte demanda interna, especialmente na indústria de biocombustíveis. Especialistas apontam que a soja brasileira é mais produtiva, com grande potencial para expansão agrícola. Embora os EUA tenham vantagem em infraestrutura logística, o Brasil está investindo intensamente em obras que podem nivelar essa diferença nos próximos anos.
A longo prazo, analistas acreditam que os choques comerciais impulsionados por Trump aceleraram a ascensão do Brasil como potência agrícola global, redefinindo o equilíbrio do comércio mundial de alimentos.
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