O primeiro-ministro da França, Sébastien Lecornu, renomeado ao cargo na sexta-feira (10) pelo presidente Emmanuel Macron após renunciar no início desta semana, formou seu novo governo neste domingo (12), de acordo com informações divulgadas pela agência BFMTV.
A lista completa dos titulares das pastas foi divulgada pelo Palácio do Eliseu. O novo governo será composto por um total de 34 ministros.
Segundo informou a agência Reuters, entre as nomeações mais importantes está a de Roland Lescure, aliado próximo de Macron, que manteve o cargo de ministro das Finanças do país em um momento em que o governo enfrenta intensa pressão para aprovar o orçamento de 2026 com o Parlamento profundamente dividido.
Pouco após o anúncio, Lecornu afirmou, através de uma publicação em sua conta na rede social X, que foi nomeado "um governo de missão para elaborar um orçamento para a França antes do final do ano".
O primeiro-ministro também gradeceu "às mulheres e aos homens que se comprometem com este governo com total liberdade, além de interesses pessoais e partidários. Apenas uma coisa importa: o interesse do país", escreveu.
França vive crise política
Por outro lado, segundo um comunicado obtido pela AFP, todos os titulares filiados ao partido Os Republicanos (LR) que aceitaram fazer parte do segundo governo de Lecornu foram expulsos da formação política, informou a mídia local.
- Após a renúncia de Sébastien Lecornu, deputados e líderes partidários franceses intensificaram os pedidos pela renúncia do presidente Emmanuel Macron e pela convocação de eleições parlamentares antecipadas. Segundo eles, "não há outra saída para a crise" que afeta o país.
- A instabilidade política na França tem se ampliado diante da ausência de um partido ou bloco com maioria na Assembleia Nacional. Em junho de 2024, a decisão de Macron de dissolver o Parlamento e convocar novas eleições legislativas resultou em maior fragmentação do poder, já que nenhuma das principais forças políticas conseguiu alcançar maioria absoluta.