Vodca russa é usada como antídoto em caso de intoxicação por metanol em Guarulhos

Um comerciante de 55 anos sobreviveu a uma intoxicação por metanol após receber doses de vodca russa no hospital onde estava internado, em Guarulhos, na Grande São Paulo. A bebida foi levada por sua sobrinha, a advogada Camila Crespi, após os médicos constatarem a falta do antídoto indicado, o fomepizol. As informações são do portal Uol, divulgadas neste sábado (11).
Cláudio Crespi começou a passar mal após consumir uma dose de vodca em um bar na avenida Guarulhos, no fim de setembro. Ele foi levado a uma Unidade de Pronto Atendimento com dores abdominais e confusão mental e, devido à gravidade do quadro, acabou entubado e transferido para um hospital.
Sem o medicamento adequado, a equipe médica orientou a família a buscar uma bebida com teor alcóolico mínimo de 30%, a ser administrada por meio de uma sonda.
"Saímos de madrugada atrás do destilado e não tinha nada aberto. Meu marido lembrou da vodca russa que tínhamos ganhado de uma amiga de viagem. Fui para casa pegar a garrafa e voltei para o hospital. Entreguei a bebida nas mãos do meu primo médico, que viu que era 40% de álcool, e ele levou para a emergência junto com os outros médicos", recordou Camila ao veículo.
O tratamento durou quatro dias, período em que Cláudio permaneceu em coma, recebendo também hemodiálise e bicarbonato para reduzir os efeitos do metanol.
Internado há 15 dias, o comerciante tem alta prevista para este sábado (11). Segundo a família, ele fala e anda normalmente, mas ainda se recupera de uma baixa visão causada pela intoxicação.
