
Macron insiste em Lecornu e o nomeia novamente como primeiro-ministro, dias após sua saída do cargo

O presidente da França, Emmanuel Macron, nomeou Sébastien Lecornu como primeiro-ministro na tarde desta sexta-feira (10), após o ter destituído do cargo no início da semana.
Atendendo a um pedido de Macron, Lecornu concordou em permanecer no cargo na tentativa de restaurar a estabilidade e superar o bloqueio institucional.
"O presidente da República nomeou o Sr. Sébastien Lecornu como Primeiro-Ministro e o incumbiu de formar um governo", informou o Palácio do Eliseu.
Em sua rede X, Lecornu citou que aceitou ser recontratado "por dever" e prometeu cumprir o pedido feito por Macron de elaborar "um orçamento para o final do ano" para solucionar a crise econômica pela qual Paris está enfrentando.
"É necessário pôr fim a esta crise política que irrita os franceses e a esta instabilidade prejudicial à imagem da França e aos seus interesses", escreveu o primeiro-ministro.
Oposição revoltada
A oposição não ficou satisfeita com a medida adotada pelo presidente Macron. O líder do partido França Insubmissa, Manuel Bompard, disse em um tom de desaprovação que a "França e seu povo estão humilhados" com a decisão de Macron.

"Trancado em sua torre de marfim, Emmanuel Macron renomeia Sébastien Lecornu como primeiro-ministro", publicou Bompard em sua rede X, e complementou: "Mais um tapa na cara dos franceses dado por um homem irresponsável embriagado de poder".
A deputada do National Rally, Laure Lavalette, lamentou a escolha, afirmando em sua rede social que "bem. Está claro que o Presidente quer que o país entre em colapso".
