China reage à proposta do governo Trump de impedir voos chineses no espaço aéreo russo

Segundo Pequim, os Estados Unidos deveriam se preocupar em como as medidas da Casa Branca afetam empresas americanas.

O porta-voz do Ministério das Relações Exeriores da China, Guo Jiakun, rebateu nesta sexta-feira (10) a proposta do governo Donald Trump de proibir que companhias aéreas chinesas sobrevoem o espaço aéreo russo em rotas que envolvam os Estados Unidos, destacando que a medida afetaria as viagens internacionais e passageiros de todo o mundo.

"Em vez de punir outros países e passageiros ao redor do mundo, talvez seja hora de os Estados Unidos examinarem com mais atenção sua própria política e o impacto que ela tem sobre as empresas americanas", disse Jiakun.

Na quinta-feira (9), o governo Trump justificou a proposta alegando que empresas que podem sobrevoar o espaço aéreo russo têm vantagem competitiva sobre companhias norte-americanas, citando custos operacionais e consumo de combustível.

Para o Departamento de Transportes norte-americano, citado pela agência Reuters, a medida, válida apenas para voos de passageiros, ajudaria a "nivelar a disparidade competitiva entre as companhias aéreas dos EUA e da China".