
China reage à proposta do governo Trump de impedir voos chineses no espaço aéreo russo

O porta-voz do Ministério das Relações Exeriores da China, Guo Jiakun, rebateu nesta sexta-feira (10) a proposta do governo Donald Trump de proibir que companhias aéreas chinesas sobrevoem o espaço aéreo russo em rotas que envolvam os Estados Unidos, destacando que a medida afetaria as viagens internacionais e passageiros de todo o mundo.

"Em vez de punir outros países e passageiros ao redor do mundo, talvez seja hora de os Estados Unidos examinarem com mais atenção sua própria política e o impacto que ela tem sobre as empresas americanas", disse Jiakun.
Na quinta-feira (9), o governo Trump justificou a proposta alegando que empresas que podem sobrevoar o espaço aéreo russo têm vantagem competitiva sobre companhias norte-americanas, citando custos operacionais e consumo de combustível.
Para o Departamento de Transportes norte-americano, citado pela agência Reuters, a medida, válida apenas para voos de passageiros, ajudaria a "nivelar a disparidade competitiva entre as companhias aéreas dos EUA e da China".
- Em março de 2022, pouco após o início da operação militar especial na Ucrânia, os Estados Unidos, o Canadá, o Reino Unido e os países da União Europeia fecharam seu espaço aéreo para aeronaves russas.
- Moscou respondeu com restrições semelhantes, obrigando companhias europeias a percorrer rotas mais longas.
