
Trump chama China de 'muito hostil' e promete tomar contramedidas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta sexta-feira (10) a política comercial da China em postagem na rede Truth Social.
"Coisas muito estranhas estão acontecendo na China! Eles estão se tornando muito hostis e enviando cartas a países em todo o mundo anunciando que querem impor controles de exportação sobre todos os elementos de produção relacionados a metais de terras raras e praticamente tudo o que lhes vier à cabeça, mesmo que não seja produzido na China", escreveu Trump.

Segundo o presidente, "nunca se viu nada parecido": "Na verdade, [essa política] levará à sobrecarga dos mercados e complicará a vida de praticamente todos os países do mundo, especialmente da China", acrescentou.
Além disso, ele observou que outros países entraram em contato com os EUA "indignados com essa grande hostilidade comercial que surgiu do nada".
"Nossas relações com a China nos últimos seis meses têm sido muito boas, o que torna essa decisão comercial ainda mais surpreendente. Sempre achei que eles estavam me perseguindo e agora, como sempre, isso se mostrou certo!", observou Trump.
"Não se pode permitir que a China mantenha o mundo como refém, mas parece que esse era o plano deles há muito tempo, começando com os 'ímãs' e outros elementos que eles acumularam discretamente até alcançarem uma espécie de monopólio, o que, no mínimo, é uma manobra bastante sinistra e hostil", argumentou.
Trump também esclareceu que "a carta enviada por eles tem muitas páginas e descreve detalhadamente todos os elementos que eles querem esconder de outros países": "O que antes era comum, agora não é mais", enfatizou.
"As cartas chinesas foram especialmente inoportunas, pois é justamente hoje, após 3.000 anos de caos e conflitos, que a paz chegou ao Oriente Médio. Eu me pergunto se isso foi uma coincidência", observou.
"Chegou a hora"
Ao mesmo tempo, o presidente americano alertou que "os Estados Unidos também ocupam posições monopolistas, muito mais sólidas e abrangentes do que a China": "Simplesmente não decidi usá-las; nunca tive motivos para isso - ATÉ AGORA!", enfatizou.
Trump também afirmou que não conversou com o presidente Xi Jinping porque "não havia motivo para isso": "Foi uma verdadeira surpresa não só para mim, mas para todos os líderes do mundo livre. Eu planejava me encontrar com o presidente Xi em duas semanas na cúpula da APEC na Coreia do Sul, mas agora parece que não há motivo para isso", lamentou.
"Dependendo do que a China disser sobre a 'medida' hostil que acaba de introduzir, eu, como presidente dos Estados Unidos da América, serei obrigado a reagir financeiramente à essa medida. Para cada elemento que eles conseguiram monopolizar, nós temos dois. Nunca pensei que chegaria a este ponto, mas, talvez, como em tudo, tenha chegado a hora. No final das contas, embora possa ser doloroso, para os Estados Unidos será um passo muito positivo. Uma das medidas que estamos considerando agora é um aumento massivo das tarifas sobre os produtos chineses importados para os Estados Unidos da América. Há muitas outras contramedidas que também estão sendo seriamente consideradas", afirmou.

