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Vice-governadora da Argentina: É um "desperdício" financiar carreiras que são "hobby"

As declarações de Hebe Casado ocorrem em meio a tensões entre o governo de Javier Milei e a comunidade universitária.
Vice-governadora da Argentina: É um "desperdício" financiar carreiras que são "hobby"Redes sociales / Hebe Casado

Hebe Casado, vice-governadora da província de Mendoza, na Argentina, defendeu os cortes do governo central nas universidades, dizendo em uma entrevista à televisão na sexta-feira que é um "desperdício" continuar financiando cursos que são "hobbies" e não têm saída no mercado de trabalho.

"É muito importante que analisemos a estratégia de quem vamos treinar neste país e que tipo de país queremos no futuro, porque nosso PIB dependerá disso. É uma fraude fazer com que uma criança curse uma graduação por cinco anos e depois saia sem oportunidades de emprego", declarou.

Nesse sentido, ela indicou que "é uma fraude para o contribuinte, por um lado, que está pagando o impostos sobre o leite, o pão, o que quer que seja, para que essa pessoa se forme". "E qual é o sentido de formar uma pessoa que não vai encontrar um emprego?"

"Se estou financiando algo que sei que não vai ter emprego, como vou continuar financiando? Isso é um desperdício, é uma fraude [...] isso precisa ser revertido", disse, acrescentando que "há carreiras que são hobbies e carreiras que são oportunidades de emprego".

Depois de ouvir os argumentos de Casado, o jornalista que a estava entrevistando perguntou por detalhes sobre os cursos universitários que, em sua opinião, são um "hobby". "A verdade é que eu não saberia lhe dizer exatamente, mas há carreiras que estão muito bem catalogadas [...] nas quais todos que entram se formam", afirmou, dando como exemplo o curso de medicina que cursou na Universidade Nacional de Cuyo, em Mendoza.

As declarações de Casado foram feitas em meio às tensões entre o governo de Javier Milei e a comunidade universitária por causa dos cortes orçamentários, o que motivou uma marcha nacional na terça-feira em defesa da educação pública. O protesto foi descrito pelo presidente como um "ato puramente político".