Israel não realizará mais investigações sobre as valas comuns encontradas em hospitais na Faixa de Gaza, dizendo que já investigou o assunto e não encontrou nenhuma irregularidade por parte de suas tropas, informou o Politico na sexta-feira, citando suas fontes.
Na quarta-feira, o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, pediu que as mortes fossem "investigadas de forma completa e transparente".
"Investigar o quê?", disse Nadav Shoshani, porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI). "Nós demos respostas. Não enterramos pessoas em valas comuns. Isso não é algo que fazemos", acrescentou.
Por sua vez, Khaled Elgindy, diretor do programa sobre Palestina e assuntos palestino-israelenses do Instituto do Oriente Médio, acredita que "simplesmente pedir a Israel que investigue a si mesmo não faz sentido".
"É difícil ver um verdadeiro acerto de contas ou uma mudança como resultado disto", confirmou Mairav Zonszein, analista do International Crisis Group.
Se o país judeu for considerado culpado, isso poderá reforçar a ideia de que as FDI violaram o direito humanitário internacional durante sua guerra contra o movimento palestino Hamas, explicou o veículo.
Consequentemente, os críticos da assistência militar de Washington a Tel Aviv poderiam aproveitar isso como outro motivo para parar de enviar armas a Israel.