Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou nesta quinta-feira (9), ao final de uma sessão da corte, a sua aposentadoria antecipada.
''Esta é a última sessão da qual participo'', declarou, acrescentando que a decisão não tem ''qualquer relação'' com a atual conjuntura política.
É importante lembrar que o ministro e sua família se tornaram alvos de represálias por parte do governo Trump, que chegaram a obrigar seu filho, que estava nos Estados Unidos por motivos profissionais, a retornar ao Brasil.
"Apesar da agressividade e da intolerância que se vê aqui e acolá, reafirmo minha fé nas pessoas, no bem, na boa-fé, na boa vontade, no respeito ao próximo e na gentileza sempre que possível", afirmou o magistrado, prometendo que seguirá trabalhando "por um tempo de paz e fraternidade", declarou o magistrado.
"E reitero: a integridade, a civilidade e a empatia vêm antes da ideologia e das escolhas políticas. O radicalismo é inimigo da verdade. A gente, na vida, deve ter cuidado para não se apaixonar pelas próprias razões", advertiu.
Com a saída, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passa a ser responsável por indicar um novo ministro para ocupar a vaga. Segundo apuração do jornal O Globo, quatro nomes estão cotados para o cargo:
- Jorge Messias, advogado-geral da União e homem de confiança de Lula
- Rodrigo Pacheco, presidente do Senado e aliado próximo de ministros da corte, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes
- Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União próximo ao governo Lula
- Vinícius Carvalho, ministro da Controladoria-Geral da União