À RT, ativista brasileiro detido por Israel lista principais avanços de sua missão

Miguel de Castro, integrante da Global Sumud Flotilla, foi detido por forças israelenses em águas internacionais.

Miguel de Castro, um dos brasileiros que integra a Global Sumud Flotilla, concedeu entrevista à RT diretamente de um aeroporto na Jordânia — país para o qual foi enviado após ser interceptado em águas internacionais por forças israelenses e posteriormente detido em Israel.

Para ele, foram dois os principais méritos de seu coletivo, que tinha por objetivo levar suprimentos humanitários à Faixa de Gaza, alvo de um cerco imposto pelas forças israelense:

''Um, a notícia de que, pela primeira vez em dois anos, as pessoas de Gaza puderam pescar. Como a polícia fez uma megaoperação e usou todos os seus meios para bloquear os nossos barcos, os palestinos puderam sair para pescar e comer o que pescaram. Isso, pra gente, foi maravilhoso", relatou.

Ele também relatou uma conversa com uma jovem palestina:

"Uma palestina chorosa se aproximou da gente e disse - eu vou resumir, não saberia nem repetir as palavras dela -  que estava procurando uma maneira de se matar. Ela disse que tinha perdido tanto a fé na humanidade e no futuro que não conseguia se imaginar continuando a viver", afirmou.

"Mas, quando viu gente do mundo inteiro, que não eram palestinos, vindo aqui fazer essa ação, prestar solidariedade, tentar pressionar os governos e a opinião pública pra ajudar o povo dela, voltou a ter esperança, a ter certeza de que vale a pena viver e lutar", prosseguiu.

O ativista acredita que a repercussão das ações da flotilha, que gerou ampla repercussão, contribuiu para gerar pressão contra o estado de Israel.