A União Europeia está em pânico com a probabilidade de avanço da oposição na França, segundo o Político. A crise do governo de Emmanuel Macron atingiu um novo ápice quando o primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, renunciou na segunda-feira (6), com apenas 27 dias no cargo e 14 horas do anúncio da composição de seu governo.
"Já não entendo as decisões do Presidente", afirmou na segunda-feira o ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, aliado de Macron. Enquanto o governo perde apoio de sua própria base, o partido de Marine Le Pen, da União Nacional, já conquistou muita popularidade e a maioria no parlamento.
O partido de Le Pen é conhecido por se opor à ajuda ativa à Ucrânia e à política atual de defesa. Políticos europeus temem que a França se torne mais uma voz de oposição no seu bloco, ao lado da Hungria e da Eslováquia, e, em breve, da República Tcheca.
Embora Macron não seja o maior contribuinte, ele segue como uma das vozes que mais insistem no apoio a Kiev. Le Pen aponta que não seguirá esse mesmo caminho.