O jornalista independente Nick Shirley, de 23 anos, disse em mesa-redonda com Donald Trump que, mesmo após viajar por 15 países e conviver com gangues em favelas e prisões do Brasil, os Estados Unidos têm os lugares mais perigosos que ele conhece.
Shirley relatou episódios envolvendo a Antifa, grupo classificado pelo governo como terrorista doméstico e foco do debate, incluindo confrontos diretos, como o de uma mulher que teria sido cercada pelo grupo em Portland, Oregon.
Para o jornalista, a ausência de aplicação da lei em certas cidades permite que membros do grupo atuem de forma agressiva e organizada. Ele destacou que não se trata de um conflito entre extrema-direita e extrema-esquerda, mas de cidadãos sendo alvo de intimidação e violência.
Trump reconheceu os relatos de Shirley, dizendo que é "uma pena que você tenha que passar por isso" e ressaltou que seu trabalho é "muito importante".
Antifa 'terrorista'?
Em setembro, Trump, assinou uma ordem executiva classificando a Antifa como "organização terrorista doméstica". Ele descreveu o movimento como "uma organização militarista e anarquista que busca derrubar o governo dos EUA por meio de violência e terrorismo".
O presidente também culpou a "esquerda radical" pela morte do ativista conservador Charlie Kirk: "Por anos, a retórica da esquerda radical alimentou violência interna, e isso precisa ser confrontado".
Na prática, a designação determina que todas as agências do governo vão usar seus recursos para investigar e desmantelar operações ilegais ligadas à Antifa ou quem diga agir em seu nome, inclusive processando quem financie essas ações.