Em entrevista exclusiva à RT, concedida antes mesmo do avanço do plano de paz do presidente Donald Trump para encerrar o conflito em Gaza, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que Moscou considera a iniciativa "positiva".
Para Lavrov, o plano é "necessário" para "interromper o derramamento de sangue" que tem vitimado tanto a população israelense quanto a palestina.
"Levando em conta a necessidade de pôr fim ao derramamento de sangue, salvar vidas, reconstruir a Faixa de Gaza, a Cidade de Gaza, ou o que resta dela, Trump propôs seus 20 pontos, nos quais há menção, nos quais aparece a palavra 'Estado', mas tudo é formulado em termos bastante gerais", disse o ministro das Relações Exteriores.
"No entanto, somos realistas: entendemos que isso provavelmente é o melhor que está sobre a mesa, ao menos o melhor do ponto de vista de ser aceitável para os árabes, do ponto de vista de não ser rejeitado por Israel", apontou o chanceler, que concluiu que "o mais importante, é claro, é que seja aceitável para os palestinos".
Plano de paz de Trump
O plano de paz, apresentado em 29 de setembro por Trump, prevê a retirada das tropas israelenses e a suspensão das hostilidades em troca da libertação dos reféns, que deverá ocorrer em até 72 horas após a aceitação do acordo por Israel.
Também foi proposto um plano econômico internacional para reconstruir Gaza e atrair investimentos para a região, além da criação de uma zona econômica especial com vantagens comerciais.
Nesta quarta-feira (8), Trump anunciou, através de suas redes sociais, que Israel e o Hamas haviam assinado a primeira parte de seu plano.
Hoje é ''um ótimo dia para o mundo árabe e muçulmano, Israel, todas as nações vizinhas e os Estados Unidos, e agradecemos aos mediadores do Catar, Egito e Turquia, que trabalharam conosco para fazer esse evento histórico e sem precedentes acontecer. Abençoados são aqueles que fazem a paz!'', celebrou em suas redes.